quarta-feira, 28 de junho de 2017

Naturalismo grego


Primeiramente, é necessário entender o significado do termo naturalismo, que é o desejo de colocar diante do observador uma semelhança convincente das aparências reais das coisas na obra de arte, fazendo com que ela pareça ser a própria realidade. Essa característica esteve bastante presente na arte grega. O naturalismo possui duas ramificações: realismo (que mostra a realidade tal e qual ela é) e idealismo (expressa o mundo em suas melhores condições, aperfeiçoando-o). A arte grega pertence ao segundo grupo, o idealismo.  Logo, a arte tinha como função criar imagens de coisas reais, que tivessem aparência de realidade. Para alcançar essa meta, foram desenvolvidas técnicas que permitiam produzir cópias da aparência visível das coisas, ou seja, o conceito de arte ainda estava muito ligado ao de reprodução. Principais expoentes: Platão e Aristóteles.
  • Platão: toda criação é imitativa, ou seja, faz uma referência vaga e repleta de falhas àquilo que é perfeito, à ideia, pois só se pode imitar algo a partir de um ponto de vista, não de todos, tornando a mímese parcial, longe da exatidão.
  • Aristóteles: a criação é imitação no sentido de representação; a mímese resulta em conhecimento porque copia o objeto de modo correto, simplificando-o. Ressalta a necessidade da habilidade para se fazer poesia, sendo o poeta um criador tramas.
 Portanto, ambos viam a arte a partir do viés da imitação da natureza (mímese), porém o primeiro de acordo com uma posição negativa e o segundo de acordo com uma posição positiva.

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